Mais poesia... Mas esta é caseira!

Discussion in 'Portuguese' started by não me lembro, Dec 2, 2004.

  1. não me lembro

    não me lembro Member

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    É verdade. Vou postar aqui um poema que eu fiz. E espero que os poetas amadores k andam aí a ler isto sigam o exemplo e postem tb alguma coisa. Ou então comentem só o meu poema e pronto. Ou então n comentem. Sei lá.
    Bem aqui vai: (n tem título, ainda n me dei ao trabalho de arranjar um)

    Esquecer é matar
    Matar é de lembrar?
    Lembrar é viver
    Não matar é morrer?

    Se é mau ter sido
    É melhor vir a ser.
    Mas o que foi já não é
    E o que é deixará de ser

    Fazemos o que queremos
    Queremos o que podemos
    O que eu faço é a morte
    Daquilo que não faço

    José Magalhães
     
  2. amarylia

    amarylia Member

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    Olha k bem... no meu caso, infelizmente o k faço é mm a morte dakilo k ñ faço, enquanto há vida há (a)fazeres... e faz-s smpre qq coisa, e podemos smpr fzr qq coisa pra melhorar... ou piorar :D

    Gostei mto, posta mais!

    Um trecho k agora me lembro, mas ñ é poesia são reflexões...

    O que é a paz?
    Tu tens paz?
    A paz são aqueles tempos que te esqueces do tempo...

    O tempo pára?

    O tempo pára. De facto até está parado todo o tempo. O tempo é que insiste em fazê-lo andar. Como uma rocha solitária, nada mais nela se pode transformar. Mas o tempo mexe-a... remexe-a... usa-a na inocência do seu sono milenar. E com o tempo transforma-se, assim como com o tempo se formou.

    Assim somos nós. Adormecidos no gesto de um respirar, respiramos com tempo e ele respira-nos... Até transformarmos o tempo e ele nos transformar...

    Mariana
     
  3. migle

    migle Senior Member

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    esta tambem e caseira, e muito mala mas eu queria compartir:

    Soy una gran nube oscura en medio de un cielo azul luminoso
    en el que no veo más que peligro y amenaza.
    Soy una serpiente cuyo cascabel no para de agitarse
    estando a solas en un desierto de arena gris.
    Mi voluntad ya no recuerda la última vez que se impuso.
    Soy el miedo de un niño que acaba de romper el jarrón favorito de su madre.
    La naturaleza nos llama y nosotros no la oímos.
    No sé cómo mostrar mis sentimientos en un idioma que no es el mío.
    Soy el libro abandonado en una biblioteca clausurada
    por falta de fondos y público.
    La soledad es un monstruo que se alimenta de ti todos los días.
    La necrosis que fagocita mis pulmones terminará devorando todo el universo.
    Soy la muerte que camina entre todos nosotros.
    Soy la muerte que danza sobre todas nuestras cabezas.

    Da un paseo a la orilla del mar, es lo mejor que puedes hacer.
     
  4. não me lembro

    não me lembro Member

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    Ah e tal, tomem lá um poema meu.. pronto. Já que insistem.. eu faço-vos a vontade na boa, não há problema.:)

    Chama-se "Sofá":

    O sofá era um descanso
    até que nele me sentei
    e tudo muda entretanto.


    Fico quieto
    e guardo silêncio.
    Sou mais um nada,

    nem mais nem menos.

    Penso em levantar.
    Tal ideia cansa-me,
    e vou-me deitar...


    Assim não morro,
    mas também não vivo.
    Assim vou morrendo
    e por aqui fico.


    Um nada deitado e morto,
    assim vou vegetando
    como planta num horto.


    Vil sofá traiçoeiro!

    Dás-me tanto descanso
    que dele fico tão cheio
    que nem me levanto...
    nem tenho descanso...


    José Magalhães
     
  5. Ayesha

    Ayesha Member

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    Permitam-me mais um "Bom dia Alegria!" directamente de uma aula de Oficina de Imprensa!
    Bom... Senhor José Magalhães, os dois poemas estão giros, acho que podias continuar a "postar"... Gostei especialmente do segundo... :)
    E...;) Sir Migle, eu ja te disse o que achava do poema... Por isso... :D Beijooooooooooooo!
     
  6. migle

    migle Senior Member

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    y que haces en la oficina de imprensa???? :)
    La verdad es que el poema del sofá me ha gustado muito, e muito giro, sobre todo me ha gustado mucho eso de "Vil sofá traiçoeiro!" lolololol

    en español sería ¡Vil sofá traicionero!
     
  7. Ayesha

    Ayesha Member

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    Hmmm... Oficina de Imprensa é uma disciplina em que fazemos programas de Rádio (a Rádio Orpheu está a chegar!), trabalhos de fotografia, escrevemos crónicas, etc... E, sobretudo, vimos à net dizer "Oláaaa!!!" :)
     
  8. migle

    migle Senior Member

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    haceis radio? que guapo, yo también hacía radio en la facultad hace unos 3 años, me divertía mucho, tengo muchos programas grabados, algún día te dejo que escuches alguno, aunque no sé si te ibas a enterar de mucho, decíamos muchas parvadas :)
    Que suerte tener un aula así en la escuela, que inveja :p
     
  9. Kitaro

    Kitaro Member

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    Well, este fui eu que fiz.

    O estranho nele foi tê-lo feito em apenas 2/3 minutos numa aula de português...

    Erotismo Espontâneo

    Lânguidas folhas perfumadas

    Roçam-se-te os lábios

    Doce carne

    Encarnado



    Sangue meu

    Sangue teu



    Lânguidas folhas perfumadas

    Ervas amarelas secas douradas

    Frutadas

    Doce vinho

    Arrasta-se pelo teu corpo

    Meu. Para mim.



    Sangue meu

    Sangue teu



    Lânguidas folhas perfumadas

    Ervas douradas

    Fragrâncias de outros mundos

    Explosões de cores múltiplas

    Seres descomunais de

    Lugares de

    Viagens

    De sonhos

    Remoinhos de palavras

    Esquecidas

    E o tempo



    O tempo

    É agora e não é nada



    Sangue
     
  10. Ayesha

    Ayesha Member

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    :eek: Isso é mesmo teu? Gostei muito!!!
     
  11. migle

    migle Senior Member

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    Entao, Kitaro, ¿qué diría tu profesor/a si supiera en qué pensabas durante tu clase de portugues, eh? uhm uhm??? hehehehe
    muy buena, gracias

    ahora, atención:

    tú eres tú
    yo soy yo
    quién es más tonto de los dos?

    foder que tonto (parvo) estoy esta noche, menos mal que ya sólo me queda una noche de trabajo para librar, ueeeeeeeeeeeeeeee
     
  12. Kitaro

    Kitaro Member

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    Obrigado pelas palavras, a sério!
    Ya, (muito) de vez em quando dá-me para fazer coisas destas... mas quando se faz sai logo tudo duma vez e acabou! lol
     
  13. não me lembro

    não me lembro Member

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    Kitaro, surpreendeste-me. Curti a tua cena. Continua..
    E já agora aproveito e ponho aqui um dos meus.

    A nova cidade e a velha,

    São a mesma...



    É a cidade cinzenta,

    De luzes coloridas...



    È a cidade ferramenta,

    Das nossas vidas...



    É a cidade cheia,

    De pessoas sozinhas...



    É a cidade dos prazeres,

    Que se compram e vendem...



    É a cidade do tempo

    Feito, contado e alugado...



    È a cidade dos ricos,

    Feita pelos pobres...



    É a cidade dos pobres,

    Obrigados a ser ricos...



    É a cidade das necessidades

    Desnecessárias de todos...



    É a mesma cidade de novo...

     
  14. Kitaro

    Kitaro Member

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    Vou-te ser sincero, adorei esse teu último poema... aliás, gosto dos teus poemas pelos temas que abordam, pelo carácter de protesto que neles há, e esse último, para além do mais é muito bonito!
    Já agora, obrigado! :)
     
  15. amarylia

    amarylia Member

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    Kitaro gostei muito do teu poema, que fera ;)
    Tb gostei da tua cidade não me lembro, esses lugares que mais são túmulos de sentimentos...

    abraço :)
     
  16. não me lembro

    não me lembro Member

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    Relâmpago de luz!

    Irrompes no céu,

    Cegas e queimas

    Sem nada avisar.



    Segue-se o forte barulho

    Que ensurdece

    E assusta os incautos.



    Mas há muitos mais.

    Os raios sucedem-se

    Seguidos dos barulhos

    Que lhes pertencem.



    E a natureza mostra

    Como nada é certo,

    E como tudo faz barulho

    Mais cedo ou mais tarde…
     
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